segunda-feira, 23 de junho de 2008

Feast on Scraps

(algum lugar de 2006)

Eles jogam migalhas,
E eu aceito.
Eu como.
Eu lambo para que não sobre nada.
Eu tenho fome.
Uma fome crônica:
“Venham para meu estômago
Meus filhos!”
Eu tenho fome.
Mas eles não percebem
Porque eu devo não fraquejar.
Mas assim que eles se viram
Eu avanço nas migalhas.
Que são apenas fragmentos
Daquilo que eu não posso
Ter inteiro.
Minha fome me consome.
Mas sem ela,
Fico vazio.
Aprender a pescar
Ou depender das migalhas?
Um banquete de segundos roubados
De momentos unilaterais
De masturbação cotidiana
Eu tenho fome.
Vitalícia e vital.
Vitimante.

Um comentário:

  1. Parece que você buscava algo ou alguma coisa mais profunda, mais verdadeira, talvez eu não tenha captado direito, ou não tenha usado as palavras certas, porque este é seu departamento, hahaa Eu só observo, e aprendo com e sobre você.

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